Bens essenciais faltaram a muitos angolanos em 2023

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Saúde em Angola

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Em 2023 o número de angolanos que experimentou situação de privação de bens essenciais, passou da metade.
 
Segundo o último relatório da Ovilongwa - Estudo de Opinião Pública – seis em cada dez pessoas em Angola viveram alguns tido dessa experiência durante os 365 dias do ano sem qualquer interrupção.

Bens como saúde, água potável, alimento, rendimentos ou salário, bem como combustível para confecção dos alimentos estiveram em análise durante o estudo.

Começando pela água potável, 40% das pessoas relataram ter estado muitas vezes sem ou nunca souberam o que é ter acesso à ela. 20% dos consultados disse que ficou várias vezes sem água limpa suficiente para uso doméstico. Ao passo que 14% relatou ter falta dela apenas uma ou duas vezes.

No que toca a medicamentos e a cuidados médicos só 15% das pessoas disse ter ficado uma ou duas vezes sem acesso a esses bens. 21% disse que várias vezes não foi possível beneficiar deste bens, ao passo que aqueles que nunca tiveram acesso ou que ficaram muitas vezes sem medicamentos e cuidados médicos fazem um total de 41%.

Um elemento que contribui largamente para uma saúde boa é a alimentação. Aqui o estudo revelou que 31% das pessoas ficaram muitas vezes ou sempre ficaram sem acesso a alimentos suficientes para comer. Os que ficaram uma ou duas vezes perfazem 21% ao passo que 23% disse ter ficado várias vezes sem poder ter alimento suficiente.

Em relação aos meios para confeccionar os alimentos – combustível – 38% das pessoas revelou ter tido muitas dificuldades, em 2023, de o conseguir. Menos de 20%, isto é 18%, não o conseguiram várias vezes ao longo do ano. Com alguma sorte esteve 17% porcento das pessoas pelo facto de ter relatado ter ficado sem esse bem essencial apenas uma ou duas vezes.

No que toca ao Salário ou outra fonte de rendimento, 46% disse ter muitas vezes ou sempre tido dificuldade de os conseguir. 16% afirma ter várias vezes ficado privado de salário ou de outra fonte de rendimento, ao passo que os que viveram essa situação uma ou duas vezes fazem uma percentagem de 13.

Os números aqui apresentados são resultado do inquérito da Ovilongwa – Estudos de Opinião Pública – realizado entre os dias 27 de Março e 19 de Abril de 2024. Esse, ouviu cidadãos com idade igual e acima dos 18 anos.
 
A amostra foi de 1.200 pessoas, com uma margem de erro de +/- 3 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%.